quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A rua sem nome

Por tantas ruas que passei, só de uma nunca esqueço, aquela rua pequena e tênue que eu olhava da janela por horas e horas. A primeira vez que estive naquela rua deserta foi em tua companhia, mas quantas outras vezes estivemos só tu e eu naquela rua? Não saberia contar, parece-me que infinitas, assim mesmo como o tempo enquanto eu te esperava chegar, infinito tempo. 
Eu sempre pensava que o relógio tinha parado, e enquanto o tempo não se movia, assim como os ponteiros daquele relógio antigo, eu esperava, esperava e esperava. Ali da sacada eu fitava a rua ansiosa e imaginava tua roupa e o sorriso que me darias quando me avistasse ao dobrar a pequena rua, teus passos firmes que vinham na minha direção para se entregar a mim sempre fizeram meu coração disparar, e era sempre nesse momento que eu podia entender porque eu estava ali. Quando tu me olhavas tudo fazia sentido, eu esquecia os problemas e entendia como era bom viver agora que estavas perto de mim, nada mais importava, somente nós.

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