quinta-feira, 14 de junho de 2012


Em um tempo obscuro e de caos total a respeito do que é o bom e o mau, entre mal e o bem, uma menina encontrou o que lhe salvaria, finalmente ela seria boa e faria um bem a alguém, tudo aconteceu quando em uma tarde vazia enquanto ela observava pela janela o mundo lá fora, quando, como que de presente (ou não), caiu ali na sua frente um passarinho pequeno de penugem mesclada de azul e preto lhe dava um colorido tão lindo, olhos cor de mel e um bico fininho da cor preta, só a pontinha tinha um tom de marrom. Prontamente ela saiu correndo para buscar o passarinho e lhe socorrer, juntou-o com todo cuidado para que não lhe machucasse, levou-o para dentro de casa, ficou com ele nas mãos observando por um tempo que na sua memória não foi tão longo, ela só estava tentando encontrar defeitos além daquelas asas machucadas, pobre passarinho, pensava ela sem parar.

Colocou o pequeno passarinho sobre a mesa e deu-lhe água e uns grãos de arroz, o passarinho parecia faminto, comeu tudo e parecia entender que a menina estava cuidando dele, ele a observava querendo agradecer de algum modo e a menina compreendia aquele olhar de agradecimento e o fitava de volta, sorrindo e cheia de satisfação por ter feito algo bom, colocou ele em uma caixa de sap.atos que ela  preferiu deixar aberta, em seguida pôs ali dentro uma garrafinha de água que ela havia cortado o lado, de modo que o passarinho pudesse beber a água sem dificuldades, e durante alguns dias ela deu amor, carinho e bastante atenção aquele pequeno e belo passarinho, e a afeição entre eles foi mútua a ponto de ficarem muito apegados, ele estava ali por necessidade e ela o tratava por puro prazer, sem sentir alguma obrigação, ela fazia por amor

Certo dia ela chegou em casa e viu que o seu amiguinho estava batendo as asas, então seus olhos se encheram de lágrimas, um misto de alegria e tristeza, era bom ver ele curado, mas ela sabia que seu amiguinho partiria, todo pássaro gosta de ser livre, é natural, então carregou ele em suas mãos pela última vez, sorria pra ele, com a intenção e a esperança de que pássaros tivessem memória e que aquele pequeno pássaro em especial pudesse guardar aquele sorriso dela, o sorriso da despedida. Ela soltou a mão de cima do passarinho e abriu bem a palma da mão que o carregava para que ele conseguisse bater suas asinhas e fosse livre novamente, ele a fitava carinhoso, seria impressão dela? Ou talvez o passarinho tivesse de fato um carinho por ela? Pelo jeito como ele lhe olhava eu arrisco dizer que sim, ele a estimava por tudo que ela lhe tinha feito, ela o amou tanto que queria que ele fosse livre e assim ela o soltou e ele voou.
Nunca mais se viram novamente.

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