quinta-feira, 21 de junho de 2012

Após a partida...


Casa vazia, janelas fechadas, um chá frio sobre a mesa e um computador ligado, é assim que ela quer estar nesse momento. Sentindo no limite o que é essa solidão que lhe tomou por inteiro, mesmo quando está rodeada por tanta gente, um gole de chá que sente descer como se fosse algo sólido, lembrando dos amigos que partiram, saudade? Não se sabe, talvez ela esteja apenas refletindo sobre a necessidade deste vai e vem da vida, uns voltam e outros vão, nada fora do normal, tudo segue em paz.
Não fosse essa ideia fixa de querer ter o que não se pode, não fosse esse cálculo mal feito, matemática dos que amam, como se coração soubesse calcular alguma coisa e foi assim que tudo deu errado, foi por querer bem a quem não merecia, foi para preservar os que são comprometidos e definir limites que devem ser respeitados, foi por querer como amigo, a quem não te queria.
Ai menina, deixa disso, tolice  de quem partiu, desliga o computador e abre a janela, que sol aquecerá esse teu coração, quem vai volta se tiver motivos, e se não volta, a sorte é de quem fica.

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